A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira operação para combater uma associação criminosa especializada na oferta de serviços ilegais de ciberataques de negação de serviço distribuída (DDoS, na sigla em inglês) sob demanda, conhecidos como “booters” e “stressers”.
Agentes foram às ruas cumprir quatro mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária em São Paulo (SP), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Tubarão (SC).
Os alvos são administradores das plataformas ilegais e usuários que contrataram os serviços para realizar ataques contra sistemas de alta relevância.
Entre os ataques já atribuídos aos contratantes e executores dos serviços ilegais estão ofensivas contra órgãos estratégicos brasileiros, como a Polícia Federal (2020) e o SERPRO, DATAPREV e o Centro Integrado de Telemática do Exército Brasileiro (2018).
Conduzidas por meio de cooperação policial internacional com o FBI, dos Estados Unidos, as investigações constataram que essas plataformas permitem que qualquer pessoa contrate ataques DDoS mediante pagamento.
Os serviços são hospedados em servidores de nuvem distribuídos em diversos países e utilizados por agentes em escala mundial.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e interrupção ou perturbação de serviço telemático ou de informação de utilidade pública, previstos na legislação penal brasileira.
A Operação Power OFF é uma ação conjunta que envolve polícias, agências de aplicação da lei e entidades acadêmicas, segundo a PF.