De marasmo, o mercado brasileiro não morre — e a terça-feira já acorda com pauta de sobra. Amanha, o IBGE divulga o PIB do trimestre e a aposta é que o índice chegue a 1%, enquanto investidores ainda digerem os 40 minutos de telefonema entre Donald Trump e Lula. O presidente americano classificou a conversa como “boa” e disse “gostar” do brasileiro; já o Planalto informou em nota que o foco foi o tarifaço que ainda pesa sobre alguns produtos e o combate ao crime organizado.
No Senado, a aprovação do aumento da CSLL para fintechs na Comissão de Assuntos Econômicos irritou o mercado: a alíquota atinge também instituições de pagamento, administradoras de balcão e até bolsas de valores e mercadorias — um sinal indesejado de mais custo e menos previsibilidade. Para completar, a Comissão Mista do Orçamento adiou de novo a votação da LDO por falta de acordo com o governo, mantendo o clima de impasse fiscal.
A bolsa, por sua vez, bateu recorde histórico de 161 mil pontos, seguindo o vento que sopra do exterior. As atenções seguem voltadas à próxima reunião do Federal Reserve na semana que vem e à novela sobre quem comandará o banco central americano. Trump deixou escapar na Casa Branca que o “possível presidente do Fed está presente” e citou “Kevin”. O favorito é Kevin Hassett, visto pelo mercado como menos conservador na política de juros. Se confirmado, pode ser a verdadeira cereja do bolo para o humor global — inclusive por aqui.