O avanço da inteligência artificial tem exposto diferenças estratégicas entre dois ecossistemas globais: de um lado, o da OpenAI, apoiado por Nvidia e Microsoft; de outro, o do Google, que aposta em seu próprio chip, o TPU. Enquanto os GPUs da Nvidia oferecem maior abrangência, eles também exigem altos gastos de produção, energia e data centers — preocupação crescente para o mercado financeiro diante do aumento do Capex das empresas de tecnologia nos Estados Unidos.
Já o Google busca eficiência com o TPU, um chip mais específico, menos complexo e de menor custo, desenhado para reduzir despesas e sustentar a expansão da IA. A disputa entre os modelos reflete não apenas escolhas técnicas, mas também estratégias de investimento que podem definir o ritmo da revolução tecnológica. “Os gastos, principalmente com os chips da Nvidia, principalmente com energia em data center é algo que vem preocupando e não vem entregando, num curto espaço de tempo, resultados relevantes, principalmente em termos de receita. Essa receita ainda não consegue compensar o gasto com Capex que essas empresas estão fazendo, principalmente as de tecnologia. E o que o Google está fazendo? Está indo muito mais para esse TPU, que é um chip para algumas funcionalidades específicas com valor menor e se entende que você gaste menos Capex para isso”, diz Pedro Moreira, sócio da ONE Investimentos.