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Irã condena declaração ‘unilateral’ do G7 e diz que se defende de ‘agressão cruel’ de Israel

O Irã condenou, nesta terça-feira, 17, a declaração conjunta do G7, grupo que reúne as sete maiores economias do mundo, emitida durante cúpula no Canadá na véspera. O texto expressou apoio a Israel, retratou Teerã como “fonte de instabilidade e terror na região” e pediu uma “desescalada” das tensões no Oriente Médio

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores iraniano afirmou que o texto teve “retórica unilateral” e ignorou a “verdadeira fonte da escalada” nas hostilidades – segundo o governo islâmico, os ataques israelenses.

“O Irã está se defendendo de uma agressão cruel. Será que o Irã realmente tem outra escolha?”, questionou o texto.

A nota afirmou que a declaração dos líderes do G7, que se reuniram entre segunda-feira e esta terça nas Montanhas Rochosas canadenses, desconsiderou “a flagrante agressão de Israel” e os “ataques ilegais à nossa infraestrutura nuclear pacífica”, bem como bombardeios a áreas residenciais e a morte de civis.

De acordo com o Ministério da Saúde iraniano, ao menos 224 pessoas morreram desde o início da operação militar israelense na madrugada de sexta-feira 13 (ainda era noite de quinta no Brasil), 90% delas civis. A retaliação do Irã, que veio menos de 24 horas depois, já deixou 24 civis mortos em Israel.

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Ameaça nuclear

Israel mirou, principalmente, em instalações ligadas ao programa nuclear iraniano. Desde que o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã em 2018, assinado durante o governo de Barack Obama e que limitava o enriquecimento de urânio do país em troca do alívio das sanções econômicas, Teerã passou a acumular material em níveis próximos aos necessários para a produção de armas nucleares.

Países ocidentais, bem como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), desconfiam que a República Islâmica esteja tentando desenvolver uma bomba atômica. O governo iraniano alega que seu programa tem fins exclusivamente energéticos.

Na declaração do G7, os líderes dos Estados Unidos, Japão, França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Canadá reiteraram o direito de Israel de se defender e o apoio à segurança do Estado judaico, além de enfatizarem que o Irã “nunca poderá ter uma arma nuclear”.

“Os Estados-membros do G7, em particular os três membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, devem assumir sua responsabilidade legal e moral em relação a um ato flagrante de agressão contra um membro da ONU. Eles precisam dar nome aos bois. A guerra de agressão de Israel contra o Irã é um golpe prejudicial à Carta da ONU e ao direito internacional baseado nela”, acrescentou o Ministério das Relações Internacionais iraniano, ressaltando que foram as forças de Tel Aviv quem atacaram primeiro.

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