O menino Henry Gabriel, 2, foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Queimados, na baixada fluminense, por seu padrasto, Paulo César da Silva Santos, 23, na última segunda-feira, 1. A vítima apresentava múltiplos hematomas e lesões graves pelo corpo, incluindo uma ferida perfurocortante no punho esquerdo, compatíveis com agressões violentas. Henry não resistiu aos ferimentos e foi declarado morto na unidade de saúde.
Após constatar que as lesões eram caracteristicamente decorrentes de violência, a direção da UPA acionou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar. Paulo César foi preso em flagrante no local pelo crime de homicídio qualificado e conduzido à 55ª DP (Queimados). Em seu depoimento, confessou ter agredido o menino com “palmadas e chineladas” após ele “sujar a fralda”.
As investigações da Polícia Civil, que ouviu testemunhas e foi à residência da família, revelaram que as agressões eram frequentes. Vizinhos relataram ouvir gritos da criança, e a avó materna descreveu em depoimento que o menino tremia e tinha pavor do padrasto. A mãe, que trabalhava fora e deixava o filho sob os cuidados de Paulo, afirmou não ter percebido a gravidade da situação, tratando as agressões como correção. “Estou arrasado. Tem uma faca enfiada no meu peito”, disse David dos Santos Barreto, pai de Henry, ao liberar o corpo no IML.