Enquanto processos e queixas contra os planos de saúde disparam, as entidades que representam o setor – Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) e Federação Nacional em Saúde Suplementar (Fenasaúde) – participaram apenas online de duas audiências na Câmara nesta segunda, 2, para discutir a crise da saúde suplementar.
Entre 2021 e 2024, o número de ações judiciais contra operadoras praticamente dobrou, passando de menos 160 mil para 300 mil ao ano, segundo dados apresentados hoje pela Aliança Nacional em Defesa da Ética na Saúde Suplementar (Andess). A maior parte desses processos é julgada procedente: nas cinco principais operadoras, o índice supera 80%.
No mesmo período, as reclamações na ANS contra planos de saúde triplicaram, chegando a mais de 300 mil no ano passado. Apesar do quadro, o lucro das empresas aumentou 271% entre 2023 e 2024.
De manhã, a Abramge participou virtualmente de audiência convocada pela Comissão de Saúde, com o tema “medicina baseada em evidências da judicialização da saúde no Brasil”. À tarde, ocorreu a audiência “práticas abusivas na saúde suplementar e nos planos de saúde”, na Comissão de Defesa do Consumidor, com presença online das Abramge e Fenasaúde.