A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 2, uma operação contra hackers que atacaram parlamentares que defendem o PL Antiaborto, projeto que prevê endurecimento da legislação contra mulheres que fazem aborto no país, mesmo em casos legalmente autorizados, como de vítimas de estupro.
A Operação Intolerans teve, segundo a PF, o objetivo de reprimir e esclarecer ataques cibernéticos do tipo negação de serviço (DDoS) — quando o funcionamento de uma plataforma é inviabilizado —, praticados contra parlamentares federais que apoiaram o projeto de lei. As autoridades não informaram quantos e quais parlamentares foram vitimados.
As investigações identificaram que diversos sites de deputados federais foram alvo de ataques coordenados, resultando em instabilidade e períodos de indisponibilidade, afetando a comunicação institucional e a atuação legislativa.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos localizados em São Paulo e em Curitiba. Também não foi informado quantas pessoas são investigadas. Ninguém foi preso nesta terça-feira.
A ação contou com o apoio de parceiros estrangeiros por meio de cooperação jurídica internacional. A Polícia Federal prossegue com as investigações para identificar todos os envolvidos e assegurar a responsabilização dos autores dos ataques.
O PL Antiaborto prevê a elevação de pena para aborto no Brasil após 22 semanas de gestação. A proposta visa alterar o Código Penal para que a interrupção da gravidez realizada após esse período seja tratada como homicídio simples. O endurecimento proposto poderia levar até uma pena de até 20 anos de prisão.
