A produção industrial cresceu 0,1% em outubro de 2025 na comparação com setembro, mostram dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 2. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que projetava uma alta de 0,4%.
Três categorias econômicas e 12 dos 25 ramos revelaram expansão na produção em outubro de 2025 frente ao mês anterior – na série com ajuste sazonal. A principal influência foi a de indústrias extrativas, que cresceu 3,6% em outubro.
Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, o avanço foi influenciado pela maior extração de petróleo, minério de ferro e gás natural. “Vale destacar que o crescimento observado em outubro de 2025 eliminou a perda de 1,7% acumulada nos meses de agosto e setembro desse ano”, diz Macedo.
Outros destaques positivos vieram dos setores de produtos alimentícios (0,9%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,0%), de produtos químicos (1,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,8%).
Na outra ponta, os produtos farmacêuticos recuaram 10,8%. “Essa baixa gerou uma perda acumulada de 19,8% em dois meses consecutivos de recuo na produção de medicamentos, após avançar 28,6% no período entre maio e agosto de 2025”, afirma Macedo.
Na comparação com outubro de 2024, o total da indústria voltou a registrar queda na produção e recuou 0,5%. Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram assinaladas por produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,7%) e automóveis, reboques e carrocerias (-8,4%).
Por outro lado, ainda na comparação com outubro de 2024, entre as dez atividades que apontaram expansão na produção, as de indústrias extrativas (10,1%) e de produtos alimentícios (5,3%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria. Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (10,1%), de outros equipamentos de transporte (8,3%), de máquinas e equipamentos (2,7%) e de produtos têxteis (5,9%).
No acumulado do ano, o setor industrial avançou 0,8%, e, nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 0,9%.
