O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), pode fazer nesta terça-feira, durante sessão conjunta de deputados e senadores, a leitura do requerimento de criação da CPMI do INSS, o que destravaria o processo de instalação da comissão para investigar o esquema de fraudes em descontos em pensões e aposentadorias de segurados do instituto.
A partir da leitura do pedido, os líderes dos blocos parlamentares na Câmara e no Senado serão oficiados para indicar os membros do colegiado, seguindo o critério de proporcionalidade das bancadas.
Uma das maiores apoiadoras da CPMI do INSS, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou, em entrevista à TV Senado, que a comissão só deve começar a funcionar para valer depois do recesso parlamentar do meio do ano, que vai de 18 a 31 de julho.
“Não compensa para a gente começar a antes do recesso”, disse a ex-ministra do governo Bolsonaro. “Se a gente começar antes do recesso, (no dia 17 de julho) a gente para (os trabalhos da CPMI), mas o prazo não para. O prazo continua. Nós vamos perder prazo na CPMI. Vamos perder dias em recesso”, acrescentou.
Na avaliação de Damares, a fraude ao INSS é um tema que vai exigir, “no mínimo”, mais um ano de discussões no Congresso. “Não temos pressa. Queremos que seja uma CPMI muito pé-no-chão, saindo da briga, pensando especialmente como nós vamos chegar a todos os aposentados e pensionistas que foram vítimas dessa fraude.”