O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, visitou nesta quinta-feira, 27, militares a bordo do porta-aviões USS Gerald R. Ford, atualmente posicionado em águas caribenhas como parte do reforço militar promovido pelo governo Donald Trump. A presença de navios, destróieres, aeronaves e bombardeiros tem elevado a temperatura diplomática com a Venezuela, que acusa Washington de tentar derrubar o regime de Nicolás Maduro.
Em vídeo divulgado pelo Pentágono, Hegseth aparece falando ao sistema de comunicação interna do porta-aviões, desejando um “feliz Dia de Ação de Graças” aos militares e mencionando estar rezando pelos dois soldados da Guarda Nacional baleados em Washington, D.C., na quarta-feira 26.
O Gerald R. Ford, maior e mais moderno porta-aviões já construído pelos EUA, está acompanhado dos destróieres USS Winston S. Churchill, USS Mahan e USS Bainbridge. Junto aos navios, bombardeiros estratégicos B-52 da Força Aérea têm realizado operações conjuntas no Caribe e no Pacífico.
Segundo dados do comando militar americano, tropas dos EUA realizaram ao menos 21 ataques contra barcos apontados como ligados ao narcotráfico desde setembro, resultando na morte de pelo menos 83 pessoas. A operação, segundo Washington, mira redes criminosas transnacionais que utilizam rotas marítimas da região.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, voltou a afirmar que o envio do porta-aviões tem “motivação política” e representa uma tentativa de pressioná-lo a deixar o poder. O governo Trump, por sua vez, sustenta que as operações têm foco exclusivo no combate ao tráfico de drogas e nega qualquer intenção de interferência direta na Venezuela.