A Caixa registrou lucro líquido recorrente de 3,8 bilhões de reais no terceiro trimestre, registrando alta de 15,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço que foi divulgado nesta quarta-feira (26), logo após o fechamento do mercado.
O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE) da Caixa avançou 2,6 pontos percentuais e atingiu 11,93%, impulsionado principalmente pela expansão de 14% na margem financeira, que somou 16,5 bilhões de reais no trimestre.
A carteira de crédito do banco estatal alcançou 1,334 trilhão de reais ao final de setembro, resultado 10,3% superior ao de um ano antes. O crescimento veio distribuído entre diversas linhas: financiamento imobiliário (+11,4%), crédito comercial para pessoas físicas (+10,9%) e para empresas (+10,8%), além de avanços em saneamento e infraestrutura (+4,1%) e no agronegócio (+3,7%).
A inadimplência acima de 90 dias registrou deterioração. O indicador subiu para 3,01%, após marcar 2,27% no mesmo período de 2024 e 2,66% no trimestre anterior. No imobiliário, o índice foi de 1,3%. Já no crédito para pessoas físicas, chegou a 6,25%; entre empresas, alcançou 12,50%; e no setor agropecuário, saltou para 11,20%.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa acompanhou essa piora e atingiu 5,07 bilhões de reais, alta expressiva de 64,5% na comparação anual e de 43,9% frente ao trimestre imediatamente anterior.
As receitas com serviços e tarifas bancárias totalizaram 7,09 bilhões de reais, crescimento moderado de 0,6% em relação ao terceiro trimestre de 2024. As despesas administrativas, por sua vez, somaram 11,25 bilhões de reais, aumento de 4,1% na mesma base de comparação. O índice de eficiência operacional recorrente recuou para 52,91%, abaixo dos 57,68% registrados um ano antes.
No campo da solidez de capital, o banco apresentou melhora: o índice de capital principal passou de 13,99% para 14,87% em doze meses, enquanto o índice de capital nível 1 subiu de 14,20% para 15,05%