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Koreoderma: as tendências da estética coreana focam a regeneração da pele

Seul, capital da Coreia do Sul, reafirmou mais uma vez por que é considerada o berço da inovação em estética dermatológica. A cidade recebeu o Koreaderma 2025, congresso que reuniu médicos de diferentes países e apresentou os rumos para uma nova era da dermatologia: a regeneração inteligente da pele.

Mais do que um evento científico, o encontro revelou uma tendência global que vai muito além da tecnologia – uma estética mais biológica, sustentável e precisa, que busca reativar o potencial natural da pele com base em ciência.

As principais tendências que marcaram a edição 2025 ajudam a entender por que a Coreia continua ditando o futuro dos cuidados com a pele.

1. Regeneração é o novo rejuvenescimento
A principal tendência é a regeneração cutânea. Não se trata mais apenas de suavizar rugas, mas de reativar a inteligência da pele. O conceito tradicional de rejuvenescimento cede lugar a protocolos que estimulam a renovação celular, equilibram a inflamação e fortalecem a matriz extracelular, garantindo firmeza, viço e luminosidade duradoura. A cobiçada glass skin deixa de ser apenas um ideal estético e passa a representar uma pele equilibrada, saudável e com vitalidade.

2. A beleza da inflamação controlada
A Coreia reforça o princípio de que pele bonita é pele saudável. Os tratamentos apresentados priorizam o controle da inflamação crônica, a preservação da gordura facial – essencial para manter contornos jovens – e a melhora do metabolismo celular. A beleza surge de dentro para fora, com naturalidade e sem excessos.

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3. Bioestimulação de nova geração
Os bioestimuladores de colágeno continuam em destaque, porém com uso cada vez mais estratégico e individualizado, respeitando a anatomia e dinâmica facial. Além do já conhecido PLLA (ácido poli-L-lático), o PDLLA (ácido poli-D-L-lático) também ganha espaço como nova geração, com partículas mais regulares e estáveis. A toxina botulínica é outra que assume papel reparador, modulando inflamação, cicatrizes e melasma em microdoses. Entre os ativos regenerativos, exossomos (vesículas extracelulares que funcionam como mensageiros sinalizadores entre as células para promover a regeneração e reparo da pele) e PDRN (substância derivada do esperma do salmão) consolidam-se como protagonistas dos protocolos celulares.

4. A força da combinação tecnológica
A integração de diversas tecnologias em uma mesma sessão, tratando diferentes camadas com recuperação mínima, é o novo padrão. A radiofrequência monopolar, que reorganiza fibras de colágeno e preserva gordura facial – indicada inclusive para pacientes que fazem uso de medicamentos emagrecedores – foi a tecnologia mais comentada. Já o ultrassom microfocado segue como referência em energia precisa e aplicações com maior conforto, promovendo lifting progressivo.

5. Acne e metabolismo: novas fronteiras
No tratamento da acne, o foco voltou-se à glândula sebácea, com tecnologias capazes de modular sua atividade e reduzir a inflamação de forma duradoura. Estudos apresentados no evento também mostraram que lasers fracionados aplicados em grandes áreas podem estimular a gordura marrom – tecido adiposo que ajuda a regular a temperatura corporal – aumentando o gasto calórico e contribuindo para estratégias de emagrecimento. Assim, estética e metabolismo caminham juntos.

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6. Dispositivos inteligentes e bioenergia celular
Entre os avanços tecnológicos, destacaram-se os smart devices com inteligência artificial, que analisam a pele em tempo real e ajustam automaticamente os parâmetros, ampliando a segurança e a personalização. A bioenergia celular também ganhou espaço com terapias voltadas às mitocôndrias, aproximando a dermatologia estética dos protocolos de longevidade.

7. Skincare reparador e sem excessos
No skincare, a tendência é anti-inflamatória e reparadora. Fórmulas com probióticos, centella asiática, ginseng e glutationa reforçam a barreira cutânea e equilibram o microbioma. Crescem também as tecnologias que dispensam agulhas, utilizando a pressão de ar, e os produtos com espículas marinhas, que criam microcanais e ampliam a permeabilidade da pele sem causar trauma – um caminho mais suave, fisiológico e eficaz.

8. O que vem aí
Entre as inovações apresentadas estão injeções de colágeno bovino e matriz extracelular humana, ainda não autorizadas no Brasil, além de um novo tratamento que combina ácido hialurônico e bioestimulador, num único produto, previsto para chegar em breve ao país. Outro destaque foi um preenchedor labial com pigmento avermelhado, que colore suavemente os lábios por meses, mantendo o aspecto natural. Detalhes que traduzem a essência da estética coreana: resultados sutis, mas profundamente transformadores.

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O Koreaderma 2025 reforçou que o futuro da estética é regenerativo, inteligente e personalizado. E a Coreia reafirma sua liderança ao unir delicadeza estética e rigor científico, mostrando que a verdadeira beleza não é imposta – ela é revelada, resultado de uma pele que compreende, responde e se regenera.

* Renata Violato e Mariana Gradowski são dermatologistas e speakers médicas da MedSystems

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