Hailey Bieber virou sinônimo de pele “glazed” muito antes de transformar essa estética em um império bilionário de beleza. Mas, enquanto as redes sociais especulam sobre preenchimentos e retoques, a própria modelo abriu o jogo — e desmentiu, mais uma vez, o uso de botox no rosto. Em entrevista recente ao podcast In Your Dreams, de Owen Thiele, Hailey contou, sem rodeios, o que coloca (e o que não coloca) na pele para manter o glow característico.
A empresária disse ser “rigorosíssima” com a rotina de skincare — com direito, claro, aos produtos da própria Rhode — mas também a clássicos aprovados por dermatologistas, como Avène, BeautyStat, EltaMD, Cosrx e Naturium. Porém, um item segue fora da lista. “Ainda não faço botox”, disse.
Isso não significa, porém, que ela fuja completamente das agulhas. Hailey admitiu que aposta em PRP (plasma rico em plaquetas) e PRF (fibrina rica em plaquetas), dois procedimentos feitos a partir do próprio sangue do paciente. “Eles tiram o seu sangue, centrifugam… Eu amo fazer PRP com microagulhamento”, contou. Sobre o PRF, explicou: “É o EZ Gel. Eles aquecem, resfriam e vira uma espécie de gel. Já injetei nas linhas do sorriso e abaixo dos olhos. Como vem do meu corpo, eu confio.”
Além disso, a modelo se submete a lasers leves algumas vezes ao ano, o suficiente para manter textura, viço e renovação celular sem parecer que fez grandes intervenções estéticas. O resultado é uma pele fresca, um toque de blush Rhode, delineado mínimo e um nude discreto nos lábios. Nada do “rosto congelado” que costuma acompanhar o uso de toxina botulínica.
Hailey reconhece, porém, uma exceção: usa botox apenas no masseter, para tratar DTM (disfunção temporomandibular) — um problema comum entre mulheres de 20 a 40 anos, marcado por dor, tensão e estalos no maxilar. A toxina ajuda a relaxar o músculo e aliviar o incômodo, mas o método ainda é considerado experimental. “No rosto inteiro, zero. Me prometi que só pensaria em botox depois dos 30. Quando chegar lá, vejo se faz sentido”, contou.
E talvez nem faça. Hailey afirma que se inspira na mãe, Kennya Baldwin: “Minha mãe não faz absolutamente nada e a pele dela é absurda.” A modelo também já falou abertamente sobre sua luta contra a dermatite perioral, que controla com uma rotina mínima e dermatologicamente aprovada: limpeza suave, ácido azelaico sob prescrição, ácido hipocloroso, clindamicina e o Rhode Glazing Milk.
A verdade é que até os grandes magnatas da beleza têm sensibilidades, crises, inflamações e limitações. Kendall Jenner, amiga próxima de Hailey, já contou sobre sua acne persistente — e até se tornou embaixadora da nova máscara de LED, da Therabody, que também tem comprovação científica no controle de acne, manchas e até linhas finas.
Ou seja: querer a pele de Hailey Bieber é fácil — imitá-la, nem tanto. O glow exige disciplina, procedimentos específicos, apoio médico e uma rotina de autocuidado que vai muito além de um hidratante caro. Se o objetivo é alcançar o famoso brilho glazed, a recomendação é uma só: mantenha expectativas realistas, consulte seu dermatologista e lembre-se de que, no fim, até Hailey trabalha duro para parecer naturalmente impecável.