Em cerca de um ano, Neymar sofreu a quarta lesão, agora no joelho, e não volta aos campos com o Santos. O que mais preocupa na carreira do jogador não é nem o fato de que o time está na zona de rebaixamento na reta final do Brasileirão, mas sim a preparação para Copa do Mundo de 2026. O atleta não jogou nenhum amistoso ou classificatórias com a seleção brasileira em 2025 e a ida para o campeonato mundial está cada vez mais incerta. O ortopedista Isaías Chaves, especialista em joelho e quadril, explicou à coluna GENTE por que a lesão merece atenção especial, sobretudo em atletas de alto rendimento.
Segundo o especialista, o menisco é um dos principais componentes responsáveis pela estabilidade e absorção de impacto. “Existem dois meniscos em cada joelho. São estruturas localizadas entre a tíbia e o fêmur e funcionam como um ‘amortecedor biológico’, ajudando na lubrificação da articulação e na distribuição da carga. Assim como o ligamento cruzado anterior, o mesmo que o Neymar lesionou no último ano, o menisco também tem papel fundamental na estabilização do joelho”, esclarece Chaves, indicando quais são os cuidados. “O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, dependendo do perfil da lesão. São graves porque podem comprometer a estabilidade do joelho e, quando há necessidade de retirada parcial do menisco, o risco de artrose aumenta consideravelmente”, esclareceu.
A Copa do Mundo de 2026 começa em junho, faltando pouco menos de oito meses para o início da competição e treinamentos. Segundo o especialista, o tempo de recuperação pode ser em torno de seis meses. “No caso do Neymar, também é preciso considerar o histórico de lesões acumuladas neste ano. Pensando na preparação para a Copa do Mundo, ele teria pouco tempo para se recuperar totalmente, retomar ritmo e reintegrar os treinos em alto nível”, concluiu.