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O acordo surpreendente entre uma gigante da música e a inteligência artificial

Na última terça-feira, 25, a Warner Music Group (WMG), que tem em seu catálogo artistas como Madonna, Daft Punk e Ed Sheeran, anunciou uma parceria com a plataforma de inteligência artificial Suno. Por meio do aplicativo da Suno, qualquer usuário pode criar uma canção utilizando inteligência artificial oferecendo apenas comandos simples. As duas empresas estavam em pé de guerra desde junho de 2024, quando a WMG se juntou à Universal Music Group e à Sony Music Entertainment para mover processos contra a Suno e a Udio, outra empresa de IA, acusando ambas de violação de direitos autorais.

Agora, em novembro de 2025, a Warner divulgou que chegou a um acordo que inclui licenciamento e estabelece que músicas detidas pela WMG podem ser usadas nos dados de treinamento da plataforma. Não está claro, porém, se artistas poderão se opor ou não a serem incluídos em tais dados. Também chegou-se ao consenso de que usuários pagos da Suno poderiam baixar os conteúdos criados na plataforma, enquanto usuários não pagos apenas poderiam reproduzi-los e compartilha-los. A decisão se diferencia do acordo da Universal com a Udio, que determinou que os usuários não poderiam baixar nenhuma das músicas geradas por IA, nem mesmo sob pagamento. O acordo da WMG com a Suno prevê ainda a venda da Songkick para a Suno, uma plataforma para descobrir shows e eventos ao vivo de propriedade da Warner. 

Há cerca de uma semana, a WMG também firmou um novo acordo de licenciamento com a Udio para novas funcionalidades da plataforma que serão implementadas em 2026. Segundo comunicado no site, “a plataforma repaginada da Udio apresentará um conjunto de experiências criativas que permitirão aos usuários criar remixes, covers e novas músicas usando as vozes e os estilos dos artistas que optarem por participar”. Ainda no comunicado, eles dizem prezar pelo equilíbrio entre a experiência dos criadores que utilizam o serviço e os direitos de artistas reais. 

A IA se torna pró-arte quando adere aos nossos princípios: um compromisso com modelos licenciados que reflete o valor da música dentro e fora da plataforma, e fornece aos artistas e compositores a opção de participar do uso de seu nome, imagem, semelhança, voz e composições em novas músicas com IA”, afirmou Robert Kyncl, CEO da Warner Music Group.

Do outro lado da moeda, artistas têm se posicionado contra a abertura da indústria musical à inteligência artificial. Recentemente, foi anunciado que Paul McCartney iria compor uma faixa praticamente silenciosa de 2 minutos e 45 segundos para o compilado Is This What We Want?, um álbum protesto contra a tentativa do governo britânico de alterar a lei de direitos autorais. Além dele, mais de 1 000 artistas se juntam a essa causa, incluindo Damon Albarn, Elton John e Kate Bush.

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