counter Israel lança nova operação militar na Cisjordânia e centenas de soldados invadem cidade – Forsething

Israel lança nova operação militar na Cisjordânia e centenas de soldados invadem cidade

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) lançaram uma nova operação militar no norte da Cisjordânia nesta quarta-feira, 26. De acordo com Tel Aviv, a incursão teria o objetivo de impedir que “o terrorismo se instale” na região. Autoridades palestinas afirmaram que o alvo principal era a cidade de Tubas.

“A incursão parece ser longa. As forças de ocupação (Israel) expulsaram pessoas de suas casas, tomaram os telhados dos prédios e estão realizando prisões”, disse o governador de Tubas, Ahmed Al-Assad, à agência de notícias Reuters.

Segundo Al-Assad, muitos moradores foram forçados a deixar suas casas, e as IDF ordenaram que não retornassem até o término da operação, que pode durar dias. Os militares israelenses estabeleceram posições em vários bairros de Tubas, cercando a cidade e contando com o apoio de um helicóptero militar.

Em comunicado, o exército israelense declarou que a operação mira a terroristas palestinos na Cisjordânia, sendo realizada em conjunto com a polícia e os serviços de inteligência locais. O ataque parece ser a extensão de uma operação militar anterior, lançada pelas IDF sobre a cidade de Jenin, também localizada no norte do território palestino, em janeiro.

Tal operação, feita dias após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se expandiu para diferentes cidades no norte da Cisjordânia, onde milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas e até mesmo os campos de refugiados onde se abrigavam. O cenário fez com que Israel fosse acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade pela Human Rights Watch, que definiu os episódios como expulsões forçadas. Quase 40 mil palestinos foram deslocados.

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Sob ocupação

Embora seja reconhecida internacionalmente como um território palestino, a Cisjordânia vive sob ocupação militar israelense desde 1967. A Autoridade Palestina tem controle direto sobre algumas cidades, mas muitas estão isoladas entre assentamentos populados por 700 mil colonos judeus, considerados ilegais à luz do direito internacional.

Nos últimos meses, a violência tem escalado na região. Episódios de ataques promovidos por colonos israelenses contra comunidades palestinas atingiram números sem precedentes: a ONU registrou 264 ataques só em outubro, o recorde mensal da série histórica, que começou há duas décadas. Embora as agressões tenham sido criticados pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, os colonos raramente são presos ou enfrentam algum tipo de represália. Segundo levantamento recente, apenas um em vinte processos abertos por crimes desta natureza resultam em acusações concretas.

Atualmente, cerca de 3 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia, cuja livre circulação foi drasticamente reduzida desde o dia 7 de outubro de 2023, data dos ataques do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, contra Israel. Desde então, Tel Aviv instalou novos postos de controle ao longo do território e efetivamente isolou algumas comunidades palestinas por meio de portões e bloqueios de estradas.
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