O Instituto de Previdência de Itaguaí (Itaprevi) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) a instauração de auditoria independente sobre a atuação do Banco Central (BC) no processo que levou à liquidação extrajudicial do Banco Master. O fundo de previdência dos servidores do município aponta, em documento enviado ao Ministério Público de Contas, indícios de falhas de supervisão e omissões regulatórias da autoridade máxima monetária do país. Em 2024, o Itaprevi investiu quase 60 milhões de reais em Letras Financeiras do Banco Master.
O documento relata que o Banco Central decretou a liquidação do Banco Master no dia 18 de novembro de 2025, após constatar insolvência do conglomerado financeiro. Segundo o texto, o caso afetou diversos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) que possuíam aplicações em títulos emitidos pela instituição.
Na representação, o Instituto afirma que o BC teria detectado indícios de irregularidades antes da liquidação, sem adotar medidas preventivas como restrições à captação ou alertas a investidores públicos e privados. O Itaprevi pede auditoria ampla no BC, a fim de apurar eventuais “omissões administrativas e deficiências de governança” e aperfeiçoamento das normas e práticas de supervisão”. O fundo sustenta que houve prejuízos amplificados por falta de transparência e pela ausência de comunicação tempestiva aos órgãos responsáveis.