O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), aliado do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de mandar prender o ex-presidente Jair Bolsonaro no último sábado, 22, deve ser respeitada.
“A decisão [de prender Bolsonaro] já estava tomada há muito tempo, antes até do julgamento. Isso todo mundo sabe. Isso é uma coisa que já estava escrito, todo mundo já estava sabendo o que iria acontecer, mas é uma decisão que está tomada e tem que ser respeitada. Estamos em um país democrático, [é preciso] respeitar as instituições, mas, obviamente, isso já estava decidido”, declarou Nunes na noite da segunda-feira, 24.
O prefeito paulistano não está apenas próximo de Tarcísio, mas negociou — e teve — o apoio de Bolsonaro na sua campanha à reeleição em 2024. Ele só não teve mais engajamento por parte do ex-presidente por causa do surgimento do coach Pablo Marçal na disputa, cuja candidatura dividiu o eleitorado bolsonarista e até o entorno de Bolsonaro. Ainda assim, Nunes foi eleito com os votos da direita bolsonarista, que se opôs ao seu rival, Guilherme Boulos (PSOL), hoje ministro do governo Lula.
Como os principais aliados do bolsonarismo, Nunes também defendeu o argumento de que a tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda foi resultado de uma confusão mental do ex-presidente, supostamente causada pela mistura de dois medicamentos independentes.