counter Brasileiras negras marcham pelo direito de mobilidade social – Forsething

Brasileiras negras marcham pelo direito de mobilidade social

Em 2015, cem mil mulheres negras marcharam na capital federal para protestar contra o racismo e a violência que vitimizam mulheres e jovens negros todos os dias no Brasil. Dez anos depois, nesta terça-feira, 25, a segunda Marcha das Mulheres Negras retorna ao mesmo local para lutar por direitos básicos — como moradia, emprego, segurança e uma vida digna. O movimento chega ainda mais forte: o Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras, responsável pela organização, espera reunir 1 milhão de pessoas. Entre as entidades apoiadoras, o Fundo Baobá, que há 15 anos trabalha pela equidade racial. “Ao apoiar uma mobilização como essa, contribuímos para que mais mulheres negras estejam conectadas em rede, com mais condições de influenciar políticas públicas, disputar narrativas e ocupar espaços de decisão”, disse à Veja Caroline Almeida, gerente de Articulação Social do Baobá – Fundo para a Equidade.

O evento também recebe o apoio de reconhecidas artistas negras, como Juliana Alves e Camila Pitanga. Caravanas de diversas partes do país ocupam hoje, a partir das 10h, a Esplanada dos Ministérios, de onde a marcha segue rumo ao gramado do Congresso Nacional, embalada por um hino de luta: “Mete marcha, negona, rumo ao infinito. Bote a base, solte o grito! Bem-viver é a nossa potência, é a nossa busca, é reparação!”. As mulheres reivindicam reparação pelos danos históricos causados pela escravidão, que condenaram a população negra a menor acesso à cultura, à saúde e a bens materiais. Não por acaso, o principal mote da marcha é o direito à mobilidade social.

Pouco antes, às 9h, o Congresso Nacional realiza uma sessão solene em homenagem à Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem-Viver, no plenário da Câmara. A jornada integra a programação da Semana por Reparação e Bem-Viver, realizada de 20 a 26 de novembro, na capital federal, com debates, atividades e apresentações culturais que exaltam o protagonismo das mulheres negras em todo o país. No fim da tarde, o encerramento da marcha será marcado por shows que representam a diversidade da produção cultural negra no Brasil, com apresentações de Larissa Luz, Luanna Hansen, Ebony, Prethaís, Célia Sampaio e Núbia, a partir das 16h.

Publicidade

About admin