Atualmente foragido, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi alvo de um decreto de prisão preventiva assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira, 21, justamente pela suspeita de que ele havia deixado o Brasil. Nesta segunda-feira, 24, ele afirmou ter “anuência” do governo dos Estados Unidos para estar no país. No domingo, 23, sua mulher, Rebeca Ramagem, já tinha publicado sobre a fuga. Ela compartilhou um vídeo chegando nos EUA, junto com as duas filhas, para encontrar o marido.
“Há uma semana, desembarquei com minhas filhas nos EUA com um único propósito: proteger a minha família. A proteção das nossas filhas é e sempre será a nossa prioridade. Hoje, infelizmente, não encontramos no país a garantia de uma justiça imparcial. Somos vítimas de lawfare e temos enfrentado uma perseguição política desumana”, disse.
Durante a investigação, o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) foi proibido por Moraes de deixar o país e teve de entregar todos os passaportes. A Câmara dos Deputados disse não ter sido informada sobre a saída de Ramagem do Brasil. Também declarou não haver autorização para o congressista integrar missão oficial no exterior.