A recente disparada nos preços do petróleo tipo brent no mercado internacional voltou a acender o alerta de analistas e economistas sobre os preços da gasolina e do diesel no Brasil. A Petrobras anunciou uma redução para as distribuidoras pouco antes da guerra entre Israel e o Irã. Em relação à semana passada, a cotação do petróleo subiu quase 10% e agora é negociada a 73 dólares por barril. Analistas acreditam que a frequência dos cortes anunciados pela estatal abrem margem para o mercado questionar se a companhia vai aumentar os preços dos combustíveis diante de uma alta no petróleo. Entretanto, eles ainda acreditam que a empresa não deveria repassar a volatilidade dos preços aos consumidores.
“Esse é o outro lado da moeda da política de preços da Petrobras: embora desenhada para suavizar a transmissão da volatilidade internacional ao consumidor, na prática foi bastante utilizada ao longo deste ano”, escrevem os analistas da Ativa Investimentos em relatório enviado a clientes. “Em outras palavras: caso a companhia não tivesse promovido tantos ajustes nos últimos meses, talvez o mercado estivesse mais acostumado ao modus operandi que a nova política, em tese, promoveria e menos inclinado a esperar por um novo movimento agora”, concluem.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:
