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Centrão quer convencer Lula a anistiar presos do 8 de Janeiro e atuar por Bolsonaro solto

Com os dias contados para Jair Bolsonaro ter a prisão em definitivo decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), lideranças do Centrão se mobilizaram para tentar convencer o presidente Lula a conceder uma anistia àqueles que cometeram crimes de menor gravidade durante os ataques do 8 de janeiro e a atuar para deixar o ex-presidente fora da cadeia.

As articulações aconteceram na última semana, dias antes de o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão preventiva do ex-presidente. Muito além de um gesto de pacificação, a decisão poderia trazer ganhos políticos para o próprio Lula, segundo disseram importantes caciques. O pleito foi repassado a lideranças petistas com trânsito entre os partidos de centro – entre elas, o presidente do PT, Edinho Silva – com o objetivo de que o pleito escale ao presidente.

Nas conversas, os políticos sustentam que Lula deveria buscar um acordo com o ministro Alexandre de Moraes para deixar Bolsonaro solto, mas inelegível, o que lhe manteria fora das eleições de 2026. Diante da sabida resistência do petismo em favorecer o ex-capitão, a medida, afirmam, traria ganhos eleitorais a Lula.

Por esse cálculo, o ex-presidente voltaria a fazer barulho nas redes e tenderia a lançar um nome de sua família, como o senador Flávio Bolsonaro ou a ex-primeira-dama Michelle, candidaturas vistas como mais fáceis de serem superadas devido à alta rejeição já verificada nas pesquisas de opinião.

O cenário mudaria, porém, caso Tarcísio Gomes de Freitas decida trocar a reeleição ao governo de São Paulo pela candidatura ao Palácio do Planalto. Nas conversas, foi dito que é alta a chance de uma unificação do centro e da direita darem a vitória a Tarcísio num eventual segundo turno. Essa aliança, afirmam, não deve acontecer caso um Bolsonaro seja candidato.

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Edinho, no entanto, disse estar seguro de que o governador paulista não arriscaria o polpudo cofre de São Paulo e uma reeleição dada como certa para tentar voos mais altos.

Além dessa expectativa, outro fator é apontado como entrave para qualquer gesto de Lula: a torcida nada velada no entorno do presidente para que Bolsonaro enfrente o calvário do petista e passe longos dias atrás das grades, situação que ele enfrenta desde ontem, quando foi decretada sua prisão preventiva.

Assim, diante com um acordo difícil de prosperar e com o projeto da anistia travado no Congresso, aliados do ex-presidente já admitem que vão trabalhar pela proposta da dosimetria, antes rechaçada, como uma maneira de ao menos reduzirem a pena de 27 anos e três meses de prisão imposta a Bolsonaro.

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