O senador Flávio Bolsonaro reforçou, neste sábado, que manterá a vigília convocada para as 19h nas proximidades do condomínio onde Jair Bolsonaro vivia em regime domiciliar, mesmo após a prisão preventiva do ex-presidente e sua transferência para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A manutenção do ato foi um dos elementos mencionados pelo ministro Alexandre de Moraes ao justificar a ordem de prisão, por representar risco de aglomeração e tumulto.
Em nova mensagem publicada na plataforma X no meio da tarde, Flávio pediu que apoiadores não se dirijam à sede da PF — onde já havia concentração de simpatizantes. “Oração virou crime. Neste momento difícil e de total ruína da democracia, peço a todos que não se precipitem em nada, por exemplo, não vão para frente da sede da PF. Quem puder, venha para a vigília hoje, às 19h, para buscarmos antes de qualquer coisa a força de Deus”, escreveu.
O apelo ocorre poucas horas depois de o próprio senador ter repetido, em live de 44 minutos, que a convocação seria mantida “pela saúde” do pai e que não havia motivo para cancelar o encontro. Flávio disse ainda que a mobilização não tinha relação com suposta tentativa de fuga. “Ele já está preso, por que vai impedir a vigília agora?”, afirmou.
A decisão de Moraes, tomada após alerta do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, menciona suspeita de violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro, registrada à 0h08 deste sábado. Para o ministro, a ruptura apontaria intenção de fuga, facilitada pela confusão provocada pela vigília convocada pelo senador. Flávio, por sua vez, sustenta que o pai não tentou escapar e afirma que, se quisesse, não teria retornado dos Estados Unidos em 2023.