Com as negociações para a aprovação de uma declaração final da COP30 se arrastando desde a reabertura da Blue Zone, depois do incêndio ocorrido na quinta-feira, 20, ambientalistas brasileiros e chefes de delegação estrangeiros começam a aventar a possibilidade de que nenhum acordo final seja anunciado nesta Conferência do Clima da ONU. O resultado do evento no Brasil pode passar a ser chamado de “Colapso de Belém”, em referência à capital paraense que sedia as conversas.
O maior impasse se dá entre países europeus e a Colômbia, que pressionam pela inclusão no texto final de uma referência a um mapa do caminho para o fim gradual do uso de combustíveis fósseis, e nações árabes e grandes exportadores de petróleo do outro.
“Há um enorme imperativo para garantir que a ambição em mitigação esteja plenamente presente. E não está. E isso é um grande problema. É um problema europeu, é um problema global. E continuamos trabalhando para garantir que possamos impulsionar esse objetivo. O que está na mesa é ter um bom acordo”, diz o holandês Wopke Hoekstra, comissário do Clima da Comissão Europeia.