Mesmo depois da indicação de Jorge Messias ao STF, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), afirma que ainda há, mesmo atualmente, uma preferência na Casa pelo nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a cadeira aberta no Supremo com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso.
O baiano pontuou, no entanto, que a escolha de Lula já era conhecida antes do anúncio oficial nesta quinta-feira, inclusive porque o petista havia comunicado sua decisão a Pacheco em conversa fora da agenda no Palácio da Alvorada três dias antes.
Agora, disse Alencar, cabe a ele esperar o trâmite regular da mensagem presidencial com a indicação do atual advogado-geral da União para a vaga no Supremo, que chegará, inicialmente, à Mesa Diretora do Senado, comandada pelo presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Só será possível marcar a data da sabatina de Messias na CCJ depois que Alcolumbre despachar a indicação para a comissão. Ou seja, o ritmo da análise do indicado de Lula no Senado está nas mãos do maior cabo eleitoral de Pacheco nas disputas pela presidência da Casa em 2021 e 2023 e, também, principal defensor de sua escolha para o STF.
Sem conferir nenhuma singularidade à situação, Otto Alencar disse que vai esperar a mensagem de Lula chegar à CCJ para definir um cronograma, assim como fez no caso recente da recondução de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República (PGR).