Os moradores do bairro do Bixiga, no centro expandido da capital paulista, tiveram uma madrugada de tensão entre quinta, 20 e sexta-feira, 21. Torcedores do São Paulo e do Corinthians entraram em conflito, saquearam lojas e lançaram fogos de artifício uns contra os outros, provocando explosões e barulhos na rua. A situação foi registrada por moradores e imagens circulam nas redes sociais, principalmente nas páginas do bairro.
Os dois times se enfrentaram na 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Brasileirão, na noite de quinta, na Neo Química Arena, que fica no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo. O Corinthians venceu por 3 a 1. Torcedores que assistiam ao jogo em bares do Bixiga brigaram depois do resultado final e levaram pânico ao bairro.
Imagens que circulam nas redes mostram que os torcedores jogaram fogos de articífio uns sobre os outros, provocando explosões nas ruas. O foco principal da briga foi no cruzamento entre as ruas Conselheiro Carrão e Conselheiro Ramalho, onde há diversos bares. Nas redes sociais, moradores afirmam que os torcedores invadiram e saquearam lojas, além de trocarem agressões físicas.
A Polícia Militar foi acionada, mas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, não encontrou nenhum dos autores do confronto que foi registrado nos vídeos. “Os agentes se deslocaram ao local, mas não encontraram os envolvidos. Até o momento, não foram localizadas vítimas, nem registro de boletim de ocorrência”, disse a pasta em nota. Ninguém foi preso, não houve registro da ocorrência e também não há dados oficiais sobre vítimas.
Ainda segundo os moradores, a briga teria se arrastado até a rua Humaitá, sentido centro. Uma página chamada “Respeite o Bixiga”, gerida por moradores, cobrou providências do poder público para o bairro. “Som alto de festas noturnas no bairro, cada vez mais deixam os moradores exaustos psicologicamente. São noites em branco por conta do som alto de bares e casas de shows. Cada vez mais, os moradores do Bixiga estão abandonando o bairro à procura de lugares mais silenciosos. O centro não é para amadores, o Bixiga se tornou um bairro inóspito para se morar, para dormir.”
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