Um terremoto de magnitude 5,7 na escala Richter atingiu Bangladesh nesta sexta-feira, 21, deixando ao menos cinco pessoas mortas, incluindo uma criança, e outras 100 feridas. Autoridades informaram que prédios foram danificados em diversas áreas, incluindo na densamente povoada capital, Daca.
Estados no leste da Índia, que faz fronteira com Bangladesh, também sentiram os tremores, mas não houve relatos de grandes danos ou vítimas nessas regiões.
Mortos e feridos
Muhammad Yunus, chefe do governo interino de Bangladesh, afirmou que entre os feridos estavam estudantes da Universidade de Dhaka, operários de uma fábrica na cidade de Gazipur e moradores de Narsingdi, o epicentro do terremoto. Ele não deu detalhes, porém, sobre como as cinco pessoas morreram.
Anteriormente, a polícia havia informado que três pessoas perderam a vida quando o parapeito de um prédio de seis andares desabou durante o terremoto. O Corpo de Bombeiros também comunicou que alguns foram feridos por tijolos e cimento solto que caíram de prédios em construção.
Nurjahan Begum, assessora de saúde, informou a repórteres que vários dos feridos estavam em estado grave e foram levados para o hospital em Narsingdi, a cerca de 40 km de Daca.
Medo e fuga
Em relatos à agência de notícias Reuters, moradores da capital disseram que saíram correndo de suas casas quando prédios começaram a tremer e algumas estruturas improvisadas desabaram.
“Sentimos um forte tremor, os prédios balançavam como árvores”, disse Suman Rahman, habitante de Daca. “As escadas (dos prédios) ficaram bloqueadas enquanto as pessoas desciam correndo. Todos ficaram apavorados, tinha crianças chorando.”
Sadman Sakib, que trabalha em Daca, contou que estava no escritório com colegas quando os móveis começaram a tremer. Todos desceram correndo as escadas para a rua, que já estava lotada com outras pessoas que fizeram o mesmo.
“Nunca senti um tremor assim na minha vida”, ele acrescentou.
O governo, que opera em meio a uma crise política que viu a ex-primeira-ministra condenada à morte por crimes contra a humanidade, afirmou estar monitorando de perto a situação. A administração interina instruiu todos os departamentos a intensificarem as operações de resgate nas áreas afetadas, informou o gabinete de Yunus em um comunicado.
