O ministro Alexandre de Moraes, como mostrou o Radar nesta semana, esteve com o comandante do Exército, Tomás Paiva, para discutir a prisão dos militares da trama golpista.
No encontro do qual também participou o ministro da Defesa, José Múcio, o magistrado ouviu apelos do comandante por cuidados especiais com os generais Paulo Sérgio e Augusto Heleno, figuras, como se vê, ainda respeitadas entre os militares.
Nada nesse sentido foi dito sobre Bolsonaro.
O ex-presidente tem até espaço preparado para ser preso e cumprir sua pena de 27 anos e 3 meses num quartel do Exército, mas isso não quer dizer que os militares tenham desejo de assumir essa encrenca.
Se o Exército não quer, o mesmo pode ser dito da Polícia Federal, que também já tem espaço para receber o ex-presidente, mas considera a missão um fardo pelos custos e pelo transtorno político de abrigar o ex-presidente em condições adversas de saúde.
Na Papuda, como mostrou o Radar, tudo já está pronto para que Bolsonaro cumpra pena, ainda que por um tempo incerto e sob protestos da oposição, diante das condições do presídio para receber o ex-mandatário.
