O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se encontrou com representantes da Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante e da Sociedade Brasileira de Nefrologia e se comprometeu a resolver gargalos no custeio federal de tratamento renal.
A reunião aconteceu na terça-feira e o clima foi de muita tensão.
A conversa foi solicitada pela Frente Parlamentar de Nefrologia, comandada por Vinícius Carvalho.
Durante o encontro, os representantes das entidades compartilharam o diagnóstico de que “não dá mais pra adiar a revisão da Tabela SUS”.
Informaram que as clínicas de diálise, que recebem o custeio federal do tratamento renal com defasagem de 42% estão à beira do colapso, e quem paga a conta, no fim, são os pacientes.
Segundo a ABCDT, o SUS paga hoje 240,97 reais por sessão, enquanto o custo real da hemodiálise está em 343 reais. A defasagem de 42% corrói o caixa das clínicas e empurra o setor para uma espécie de asfixia silenciosa.
Há unidades que já operam no limite do endividamento, algumas à beira de fechar as portas por não ter recursos para pagar salários e comprar insumos.
Após ouvir os pleitos, Padilha convocou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, e pediu que ele resolva a situação.
Antes do fim da reunião, o auxiliar de Lula fez uma promessa: “Vamos consolidar os dados e programar uma resposta com urgência”.
