O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou nesta terça-feira que o relator da CPI do Crime Organizado, Alessandro Vieira (MDB-SE), será também o relator do projeto de lei “antifacção”, também conhecido como “Marco Legal do Combate ao Crime Organizado”, depois de a proposta ser analisada pelos deputados.
O PL está na pauta da sessão plenária da Câmara. Na véspera, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou que a votação aconteceria nesta terça-feira, mesmo sob protestos do líder do PT, Lindbergh Farias, e divergências de ministros do governo Lula sobre a versão final do texto do relator, Guilherme Derrite (PP-SP).
Como mostrou o Radar, Vieira já vinha discutindo pontos do projeto diretamente com Derrite e Hugo Motta. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) também se envolveu na interlocução, que visa fechar brechas no parecer do secretário afastado de Tarcísio Motta que pudessem, mais adiante, configurar inconstitucionalidades – entre elas, determinações sobre atribuições da Polícia Federal equiparação de penas a facções com as de terrorismo.
“O Brasil aguarda uma resposta do parlamento no enfrentamento da criminalidade, e tenho certeza absoluta que todos os outros senadores compreenderão a posição desta presidência em optar pelo senador Alessandro”, disse Alcolumbre.
Ao fazer o anúncio, o presidente do Senado argumentou que Vieira tem “longa carreira jurídica, também da polícia judiciária do estado de Sergipe, tem experiência grande como profissão mas, também, como legislador” e leva como “agenda pessoal o combate e a proteção dos brasileiros enfrentando o crime organizado desde a sua origem”.