Preso pela Polícia Federal nesta terça, o banqueiro Daniel Vorcaro recebeu os primeiros sinais de que algo estava ocorrendo na Justiça Federal de Brasília ainda no fim de semana, no domingo.
Na segunda, quando a Justiça abriu seu expediente, os defensores do banqueiro protocolaram petições em nome de Vorcaro oferecendo seu passaporte e demonstrando disposição para responder no processo.
Esse movimento, associado ao repentino anúncio de compra do Banco Master por um fundo árabe, alertaram investigadores da Polícia Federal, que já monitoravam os passos do banqueiro e de outros alvos da investigação.
Enquanto os defensores de Vorcaro buscavam detalhes do que estava se formando na Justiça contra ele, o banqueiro cometeu o erro de começar a fazer as malas para deixar o país. O argumento para a viagem a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, seria justamente a formalização do negócio envolvendo o Master.
Para os investigadores e para o juiz, no entanto, o movimento soou como uma tentativa de fuga do bilionário a partir de um voo privado que decolaria do Aeroporto de Guarulhos. Deu-se, então, a operação que prendeu Vorcaro ainda na noite de segunda, quando ele se preparava para viajar.
Para investigadores, a suposta venda do banco ao fundo árabe seria apenas um artifício criado pelo banqueiro para ganhar tempo e justificar sua saída do país.
