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Drex vai sair do papel ou virar problema para os bancos?

O Banco Central enfrenta obstáculos significativos para implementar o Drex, a moeda digital que promete revolucionar as finanças nacionais. Há anos, a autarquia planeja lançar esse projeto, mas a dificuldade em oferecer garantias de privacidade aos usuários e as incertezas em relação à tecnologia ainda impedem o avanço da moeda digital brasileira.

 Especialistas envolvidos desde a administração apontam a privacidade como o principal desafio, sem uma solução definitiva até agora. O órgão regulador suspendeu o desenvolvimento do real digital no formato inicialmente concebido, e as equipes dedicadas ao Drex revisaram suas atividades, deixando de lado a perspectiva de adoção em larga escala.

Os bancos e as fintechs demonstram preocupação diante desse cenário de indefinição. Diversas instituições montaram departamentos inteiros para desenvolver soluções e se adaptar ao Drex. Agora, com a interrupção do projeto, as instituições financeiras se veem diante da alternativa de redirecionar esses profissionais para outras áreas ou até realizar demissões. Esse impacto organizacional já começa a ser planejado nos grandes conglomerados financeiros da Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, e do Leblon, no Rio de Janeiro, que aguardam uma posição definitiva do Banco Central sobre o futuro da moeda digital brasileira.

 O setor financeiro acompanha essa indefinição, já que a moeda digital não integra a rotina das operações no País. O Banco Central avalia outras possibilidades de uso da infraestrutura tecnológica desenvolvida e considera a modernização de operações e contratos inteligentes para facilitar os negócios e garantir o crédito no sistema financeiro.

 O cenário internacional mostra que projetos semelhantes sofrem paralisações nos Estados Unidos e avançam lentamente pela Europa. As autoridades brasileiras evitam criar expectativas sobre prazos e formatos para uma possível retomada. Caso o presidente do BC desista da moeda digital, o mercado financeiro deverá interpretar a decisão como um fracasso do atual comandante Gabriel Galípolo, especialmente diante do sucesso absoluto do Pix durante a gestão de Roberto Campos Neto.

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