Milhares de mexicanos, em sua maioria jovens da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e integrantes do Movimento Sombrero, ocuparam as ruas da capital no último sábado, 15. Os manifestantes marcharam até a histórica Praça da Constituição, o Zócalo, para protestar contra as políticas de segurança do governo, que acusam de não conter a violência no país. A indignação foi catalisada pelo assassinato do prefeito Carlos Manzo, com os ativistas gritando “Carlos não morreu, o governo o matou” em sua homenagem.
O conflito teve início quando manifestantes tentaram derrubar as vedações metálicas instaladas em torno do Palácio Nacional, na tentativa de ultrapassar as barreiras. Os confrontos se intensificaram rapidamente, com a polícia utilizando gás lacrimogêneo e extintores, resultando em um saldo de pelo menos 80 feridos — 60 policiais, 40 dos quais hospitalizados, e 20 civis. Além disso, 20 pessoas foram detidas e outras 20 encaminhadas por infrações administrativas.
Em coletiva, as autoridades de segurança defenderam que os agentes “atuaram para preservar a integridade dos presentes” e só reagiram após as agressões. No entanto, participantes relataram excesso de força, alegando que a polícia agiu com escudos e empurrões antes de qualquer tentativa de diálogo. A presidente Claudia Sheinbaum classificou os protestos como “inorgânicos”e sugeriu que os participantes foram “pagos pela oposição no exterior”.