Em meados de 2023, o Pé na Estrada levou a então primeira picape híbrida do país, a Ford Maverick, para uma “road trip” pela Serra da Mantiqueira. Agora, a nova geração da caminhonete intermediária faz sua estreia no mercado brasileiro em um mercado que sofreu poucas mudanças no segmento das picapes híbridas. A concorrência é restrita à BYD Shark e às estreantes Foton Tunland V7 e V9. A estratégia da Ford é ganhar força nesse nicho.
A nova Maverick ganhou mudanças importantes. A principal é a tração integral (AWD), ausente na versão anterior. Ganhou também teto-solar, retrovisores com aquecimento (para evitar que fiquem embaçados), assistente de reboque, câmera 360 graus e assistentes de condução, como monitor de ponto cego, piloto automático adaptativo, assistente de frenagem autônoma e controle automático em descidas, entre outras. Recebeu também grade e para-choque novos, além de novas rodas de 19 polegadas e capota marítima de série. O propulsor se manteve, produzindo 195 cv. A autonomia divulgada é de mais de 800 quilômetros no ambiente urbano (em que faz 15,4 km/l). Na estrada, faz 13,5 km/l. Será vendida em nove cores diferentes.
A versão híbrida chega para expandir as opções da Maverick. Há a mais básica, Lariat Black, vendida por R$ 219.990, com propulsão a gasolina, 253 cv de potência e tração integral. Pelos mesmos R$ 239.990 pedidos pela híbrida, há ainda a opção da Tremor, com vocação off-road e preparo específico para encarar trechos mais acidentados.
Nesse segmento, compete diretamente com outras caminhonetes médias, como a Fiat Toro e a Ram Rampage. Mas é a única com motorização híbrida, o que mostra que é uma das principais apostas em eletrificação da Ford no Brasil.
Além disso, a fabricante americana anunciou que a Ranger híbrida, que será fabricada na Argentina, terá motor flex desenvolvido especialmente para o mercado brasileiro. O trabalho será conduzido pela engenharia local, parte dela instalada no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia de Tatuí, no interior paulista, que está inaugurando novas instalações. A ampliação representa o primeiro passo do novo ciclo de investimentos da Ford na engenharia brasileira. O modelo, no entanto, só deve chegar ao mercado em 2027.