Com setores do Congresso buscando dar novo gás às discussões do fim da “taxa das blusinhas”, como se convencionou chamar a cobrança de Imposto de Importação de 20% sobre compras online do exterior de até 50 dólares, o assunto voltou também à tona no Palácio do Planalto.
A possibilidade de encampar a revogação do imposto é discutida, com mais força, na Secom – tudo com vistas a um fato novo para dar ímpeto aos índices de popularidade de Lula na virada para 2026, quando o petista já anunciou que buscará a reeleição.
Trocando em miúdos: se é para faturar com a medida populista, que seja Lula, não o Parlamento.
Vice-presidente de articulação política da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, o deputado Zé Neto (PT-BA) não vê concretude no “zunzunzum” no Planalto sobre o fim da “taxa das blusinhas”.
“Shein, Shopee, Alibaba estabeleceram estrutura logística no Brasil depois do programa Remessa Conforme, da Receita, e do imposto de 20%. Agora, nem eles vão querer” a revogação da cobrança sobre a importação, afirmou o petista ao Radar.
Zé Neto também alertou que, por hipótese, se fosse adiante, a medida prejudicaria especialmente pequenas e médias empresas dos setores têxtil e calçadista. “Você ganha de um lado, mas perde de outro”, disse.
