Lançado pela primeira vez em 1988, o game Tetris, quebra-cabeça criado pelo engenheiro soviético Alexey Pajitnov, hoje com 70 anos, tornou-se um dos jogos mais importantes de todos os tempos. A mecânica básica é simples: as peças que caem do alto da tela devem ser organizadas em uma pilha. Assim que uma linha horizontal do tabuleiro é preenchida, ela desaparece, conferindo pontos ao jogador e impedindo que a pilha transborde. Desde o final dos anos 1980, Tetris já ganhou mais de 220 versões e é o segundo jogo mais vendido de todos os tempos, com 520 milhões de unidades comercializadas, atrás apenas da franquia de Mario.
Mais do que popular, Tetris se tornou um jogo competitivo, com eventos internacionais realizados em diversos lugares do mundo e campeonatos bastante disputados. Na última quinta-feira, 13, a Avenida Paulista foi palco de uma dessas disputas. Felix Galeano, engenheiro e analista de TI, conquistou o título nacional do Red Bull Tetris após superar os outros sete finalistas. A estrutura do evento foi montada no escadão da Faculdade Cásper Líbero, no prédio da Gazeta, em São Paulo.
Com o resultado, Felix Galeano garantiu sua vaga para representar o Brasil na final mundial, marcada para acontecer entre 11 e 13 de dezembro, em Dubai, onde os campeões nacionais disputarão o título global. No evento, um show com mais de dois mil drones vai recriar imagens de uma partida de Tetris no céu da cidade. “Foi uma experiência surreal, nunca imaginei isso. Muito emocionante e difícil, os oito jogadores eram muito bons. Deu nervosismo jogar na frente de tanta gente, nunca fiz isso na vida”, disse Galeano.
O Red Bull Tetris contou com participação recorde no Brasil, registrando mais de 50 mil jogadores, 424 mil partidas disputadas e mais de 120 mil jogos enviados ao ranking oficial, consolidando o país como o maior participante do torneio global. Em números absolutos de jogadores, no entanto, há outros países ainda mais viciados no game, como Estados Unidos e Japão.