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O verdadeiro veneno do amor não é o conflito… É o desprezo

Todo casal já passou por isso: uma discussão começa pequena, um comentário atravessado, uma pergunta mal interpretada e, de repente, a temperatura emocional sobe.

Palavras duras escapam, portas batem, e o que era um diálogo vira um campo minado. Depois vem o silêncio. Um silêncio pesado, cheio de distância.

E, no fundo, ambos pensam a mesma coisa: como chegamos aqui?

Por trás de cada frase cortante e de cada silêncio gelado, existe algo mais profundo acontecendo: um sistema nervoso tentando se proteger.

Foi exatamente isso que vi na história de um casal que acompanhei. Vamos chamá-los de Marcus e Ana.

O veneno invisível das relações

Marcus bateu a porta do armário com tanta força que a cozinha tremeu.
— “Você é burra. Não sabe do que está falando. Nunca acerta nada.”

Sua esposa, Ana, congelou. Os olhos baixaram. Os ombros se curvaram. Ela se calou até quase desaparecer.

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De fora, parecia uma briga de casal comum: ele ataca, ela se retrai. Mas o que estava em jogo era mais profundo, e mais destrutivo do que raiva. Era desprezo.

O desprezo não é apenas irritação. É uma erosão silenciosa que desgasta a dignidade, o respeito e, aos poucos, o amor. Quando ele entra na conversa, a conexão sai de cena.

O desprezo não nasce da frustração, mas da superioridade. Ele se manifesta em frases como: “Você é ridículo” ou “Qual o seu problema?”. Ou, ainda, em olhares revirados, atitudes de sarcasmo e ironia.

A raiva diz: “estou magoado.” O desprezo diz: “sou melhor que você.”

E essa diferença é devastadora porque o desprezo não fere apenas sentimentos. Ele fere a dignidade.

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O que acontece por dentro

Quando alguém se sente ameaçado, o corpo reage antes da mente. Um entra em modo luta, o outro em congelamento. É a evitação psicológica , sem perceber, desconectando o casal.

Esse é o ciclo do desprezo: Gatilho → Crença → Reação → Ataque ou Silêncio → Desconexão.

Não é falha de comunicação. É o sistema nervoso tentando, de forma desajeitada, proteger o que dói.

Pause antes de ferir

Casais saudáveis não evitam conflitos. Eles pedem uma pausa, antes que a briga destrua o vínculo.

Funciona assim:

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1. Perceba o sinal de alerta

O corpo sempre avisa primeiro: coração acelerado, mandíbula tensa, vontade de gritar ou sumir.

2. Dê nome ao que está acontecendo

Diga a si mesmo: “estou ficando reativo”.

Isso ajuda o cérebro a se acalmar.

3. Peça pausa

Avise ao seu parceiro: “Preciso de 20 minutos pra não machucar a conversa”.

A pausa serve para proteger o vínculo, não para evitar o tema. Nesse momento, respire, caminhe, se mova. Dessa forma, você acalma seu cérebro.

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4. Volte com curiosidade

Depois da pausa, troque as acusações por sentimentos.

Diga: “Quando me senti questionado, fiquei com medo de parecer incompetente”.

Abra espaço para conexão em vez da defesa.

O trabalho invisível do amor

Se o desprezo é o fogo visível, a vergonha e o medo são as faíscas invisíveis que o acendem. Se curar exige:

  • Nomear crenças internas.
  • Tolerar o desconforto emocional em vez de fugir dele.
  • Escolher curiosidade em vez de conquista.
  • Proteger a dignidade do outro, mesmo durante a briga.
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Em outras palavras, permita-se sentir ameaçado sem ser ameaçador. Sentir medo sem desaparecer. Isso requer coragem. E é a base de qualquer relação duradoura.

Porque o amor não morre quando há conflito. Ele morre quando o desprezo substitui a curiosidade e quando a proteção deixa de estar presente no quarto.

Antes de reagir, pause. Não deixe que suas feridas falem mais alto do que seus valores.

E então eu pergunto: quando você se sente desrespeitado, o que seu corpo faz primeiro, ataca ou se cala? Como o seu corpo reage quando o amor é testado?

Eu adoraria saber como esse tema ressoa com você. Compartilhe comigo no meu perfil nas redes — a conversa continua por lá. Nos falamos semana que vem.

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