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Produzir mais gastando menos: a nova equação da indústria de alimentos e bebidas

Nos últimos anos, o cenário global de alimentos e bebidas passou por uma revolução silenciosa. A busca por competitividade deixou de se resumir ao preço do equipamento e passou a incluir uma métrica muito mais completa: o custo total de propriedade (TCO), que considera todo o ciclo de vida da planta, do consumo de energia e água ao tempo de parada e às perdas no processo produtivo.

Em um setor de margens pressionadas e metas de sustentabilidade cada vez mais exigentes, essa mudança de mentalidade transformou a forma como as empresas tomam decisões. Hoje, produzir mais gastando menos é sinônimo de inovação, automação e integração.

Do projeto à performance

A lógica tradicional de compra de máquinas foi substituída por soluções integradas, em que um mesmo parceiro atua de ponta a ponta, com garantia de performance e manutenção preditiva, como é o caso da Tetra Pak, empresa global que atua como parceira estratégica da indústria.

“O diferencial está na continuidade do suporte. O mesmo fornecedor que instala a linha passa a oferecer monitoramento remoto, manutenção sob medida e reposição garantida de peças e consumíveis, evitando interrupções e imprevistos. Essa visão 360° permite que o cliente tenha previsibilidade de custos e de desempenho, um dos pilares do controle de TCO”, disse Renzo Perazzolo, diretor da área de Serviços da Tetra Pak Brasil.

O poder da automação e da digitalização

A automação deixou de ser apenas uma ferramenta de controle para se tornar uma estratégia de gestão. Casos como o da FrieslandCampina, que padronizou sua estrutura de automação, mostram como é possível reduzir custos de projeto e acelerar prazos de entrega e comissionamento.

Em outro exemplo, a otimização das operações de limpeza trouxe uma elevação da performance operacional e impulsionou uma cultura de eficiência contínua nas fábricas.

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A digitalização levou esses ganhos a outro patamar. Com sistemas de monitoramento em tempo real, como o Asset Health Monitoring, fabricantes conseguem prever falhas antes que elas causem paradas, ajustando parâmetros críticos e evitando desperdícios. A lógica é simples: cada dado coletado na linha se transforma em uma oportunidade de economia e de melhoria contínua.

A indústria de alimentos e bebidas tem buscado cada vez mais soluções que automatizem seus processos. Isso levou a Tetra Pak a lançar globalmente o Tetra Pak® Factory OS™, que oferece insights contextualizados e em tempo real para uma tomada de decisão mais assertiva e rápida na produção de alimentos e bebidas para Plantas Inteligentes. 

Onde a eficiência se paga

Um dos maiores gargalos do TCO na indústria está nas perdas de produto e no consumo de utilidades. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) mais de um terço de todos os alimentos produzidos no mundo é desperdiçado a cada ano e a recuperação de metade desse volume seria suficiente para alimentar toda a população global.

A tecnologia, nesse contexto, é um aliado fundamental. Equipamentos de processamento como o Tetra Pak® Blender VCC preservam o tamanho das partículas e evitam restos nas máquinas, reduzindo perdas e melhorando o rendimento. E embalagens adaptadas ao perfil de consumo local — menores, mais resistentes e com maior prazo de validade — ajudam a reduzir o desperdício também no varejo e no consumo final.

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Casos de sucesso

No Brasil, a mineira Scala, referência na produção de queijos, é um exemplo de como a inovação aplicada ao processo gera resultados tangíveis. “A empresa adotou sistemas de nanofiltração e osmose reversa para concentrar o soro e passou a reutilizar a água tratada por membranas, economizando cerca de 200 mil litros por dia. Além de reduzir custos, o projeto trouxe ganhos ambientais e fortaleceu a imagem da marca como produtora sustentável”, revela Ana Paula Forti, diretora da área de Processamento da Tetra Pak Brasil.

Já a fabricante de sucos Tial implementou uma linha de mistura asséptica na qual apenas o concentrado — e não a água — é pasteurizado. A mudança resultou em menor consumo de energia e de água, redução do desperdício e aumento da capacidade produtiva, mostrando que eficiência e expansão podem andar juntas.

Na China, a gigante Mengniu inaugurou uma fábrica de laticínios totalmente automatizada e gerenciada remotamente, um modelo de “smart factory” que antecipa o futuro da indústria: produção escalável, conectada e baseada em dados.

E no Oriente Médio, a Al Rabie economizou cerca de € 300 mil por ano com a adoção do programa Tetra Pak® Plant Secure, que reduziu o desperdício em 14 mil litros de produto e aumentou em 13% a eficiência mecânica de linha.

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Da venda de máquinas à entrega de resultados

Esses exemplos traduzem uma tendência global: a servitização da indústria. Em vez de comprar máquinas, as empresas firmam contratos de garantia de performance, compartilham riscos e definem indicadores de sucesso — como eficiência mecânica, disponibilidade e consumo de recursos.

Ao incluir no contrato aspectos como manutenção preventiva e preditiva, fornecimento de peças e apoio técnico local, fabricantes garantem que suas linhas operem no máximo de eficiência e que qualquer anomalia seja detectada antes de se tornar um problema.

Com a integração entre automação inteligente, inovação em equipamentos e contratos de garantia de performance, a indústria de alimentos e bebidas está redesenhando seu modelo operacional e provando que eficiência e sustentabilidade podem, sim, caminhar lado a lado.

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