Condenado pelo STF a 16 anos e um mês de prisão por envolvimento na trama golpista, o deputado Alexandre Ramagem está na mira de uma nova investigação aberta pelo MPF para descobrir o destino de 5,5 milhões de reais enviados, via orçamento secreto, ao município de Rio das Ostras (RJ).
O MPF abriu nesta semana uma nova leva de procedimentos administrativos para “coibir atos de corrupção” em repasses de deputados a prefeituras fluminenses. Além de Ramagem, são alvos das apurações os deputados Gutemberg Reis, Julio Lopes e Max Lemos.
Lopes enviou duas emendas a Rio das Ostras, sendo um repasse de 297.000 reais e outro de 1,6 milhão de reais. Segundo o MPF essa fatia milionária aparece como “suspensa por falta de apresentação de plano de trabalho”.
O deputado Lemos direcionou 2 milhões de reais para Carapebus, em 2024.
Já Gutemberg Reis fez dois repasses — de 471.000 reais e de 990.000 reais — para Casimiro de Abreu neste ano.
O MPF vai exigir “que sejam fornecidos os dados das contas bancárias específicas abertas para movimentação das emendas parlamentares recebidas via transferência especial, nos anos de 2024/2025, bem como informações sobre o valor total recebido e sobre como os referidos recursos serão utilizados”. As prefeituras também terão de fazer “a completa prestação de contas de todos os recursos utilizados na plataforma do Transferegov.br”.