counter Em meio às tensões com Venezuela, governo Trump anuncia operação contra narcotráfico – Forsething

Em meio às tensões com Venezuela, governo Trump anuncia operação contra narcotráfico

O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta quinta-feira, 13, a operação militar “LANÇA DO SUL”, com objetivo de “remover narcoterroristas” e “proteger nossa Pátria de drogas que estão matando nosso povo”.

Em publicação nas redes sociais, Hegseth afirmou que a operação será liderada por uma força-tarefa e pelo Comando Militar Sul, responsável pela presença americana no Caribe e América Latina.

“O presidente (Donald) Trump ordenou ação — e o Departamento de Guerra está entregando”, escreveu o secretário.

+ Militares apresentam a Trump planos de ação na Venezuela para próximos dias, diz emissora

A breve publicação não cita nominalmente nenhum país, assim como nenhuma região específica do Hemisfério Sul, mas a movimentação ocorre em meio à escalada de tensões entre EUA e Venezuela, reflexo do envio de tropas americanas ao Caribe e Pacífico. Mais cedo, nesta quinta, a emissora CBS News havia afirmado que militares do alto escalão do Exército haviam apresentado na quarta algumas opções de operações. Hegseth, o chefe do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine, e outros oficiais entregaram planos atualizados, que incluíam ataques por terra, disseram funcionários da Casa Branca.

Continua após a publicidade

O planejamento militar ocorre em meio à crescente mobilização militar americana na América Latina e ao aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações na região, em atos considerados como “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU). O maior porta-aviões dos EUA, destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para o Caribe, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano.

Tensão no Caribe

O republicano também revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro. Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas — como pistas de pouso — sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

Continua após a publicidade

Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos de Organizações Terroristas Designadas, como define o governo americano, no Caribe e Pacífico. Até o momento, foram 21 bombardeios, que resultaram em 80 mortes.

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

+ A estratégia da Venezuela em caso de invasão dos EUA, segundo agência

Recado de Maduro

Na terça-feira, 12, Maduro ativou os chamados “Comandos Integrados de Defesa”, uma nova estrutura que reúne “todas as instituições públicas do Estado venezuelano, a instituição militar e todo o poder popular” para fortalecer a capacidade de defesa em caso de confronto militar. A medida foi sancionada na véspera e faz parte da Lei do Comando para a Defesa da Nação, que será implementada “em três níveis de governo: nacional, estadual e municipal”, como informou o presidente da Assembleia Nacional, Jorge de Jesús Rodríguez.

Continua após a publicidade

“Se dependesse de nós, como República, como povo, pegar em armas para defender este patrimônio sagrado dos libertadores, estaríamos prontos para vencer e triunfar por meio do patriotismo e da coragem”, disse o líder chavista.

A legislação, baseada na “doutrina militar” de Hugo Chávez e aperfeiçoada por Maduro, define uma estrutura organizacional e operacional para os Comandos, além de estabelecer funções voltadas tanto para a defesa nacional quanto para a manutenção da vida produtiva e dos serviços públicos no país.

A estrutura é subordinada ao Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Ceofanb). Isso significa que a direção, supervisão e coordenação das suas atividades são responsabilidade do órgão, comandado pelo general Domingo Antonio Hernández Lárez. Os treinamentos dos soldados também serão realizados pelo Ceofanb.

Continua após a publicidade

Publicidade

About admin