As forças israelenses mataram 59 palestinos em Gaza, pelo menos 17 dos quais tentavam obter alimentos em locais de ajuda operados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos Estados Unidos e por Israel, de acordo com o Ministério da Saúde. Mortes em áreas que os críticos chamaram de “matadores de pessoas”.
Médicos do Hospital al-Awda, no centro de Gaza, disseram à Al Jazeera no domingo 15, que pelo menos três pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas por tiros israelenses enquanto tentavam se aproximar de um local do GHF perto do chamado Corredor Netzarim, procurando desesperadamente por escassas cestas básicas para suas famílias famintas.
Outros 10 solicitantes de ajuda humanitária foram mortos e mais de 50 ficaram feridos no sul de Gaza. Muitos dos mortos e feridos foram levados ao Hospital da Cruz Vermelha em Rafah, segundo médicos.
“As pessoas nos disseram que os militares israelenses não avisaram as multidões famintas antes de abrir fogo contra elas, causando vítimas civis devastadoras”, relatou Tareq Abu Azzoum, da Al Jazeera, de Deir el-Balah, no centro de Gaza. Outro civil, Ahmed al-Masri, que saiu de um dos pontos de atendimento de mãos vazias, descreveu os tiroteios como “uma armadilha”.
Mais ataques, mais mortes
Segundo a Al Jazeera, vários ataques aéreos israelenses também atingiram o sul de Gaza neste domingo 15, matando pelo menos 12 palestinos. Outros sete foram mortos quando atingiram um grupo de pessoas na cidade de Beit Lahiya, disseram os médicos.
E pelo menos oito pessoas foram mortas em um bombardeio de Israel ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza. A agência palestina Wafa informou que o ataque ao prédio residencial também feriu várias pessoas.
