A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou nesta quinta-feira (13) o balanço mais recente da indústria automobilística brasileira, revelando um desempenho misto no acumulado de 2025. Entre janeiro e outubro, 2,23 milhões de veículos foram produzidos no país, o que representa um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado, confirmando a retomada gradual da produção após um primeiro semestre marcado por oscilações no ritmo das montadoras.
Em outubro, no entanto, o setor registrou leve retração de 0,5% na comparação com o mesmo mês de 2024. Frente a setembro, houve crescimento de 1,8%, resultado que abrange automóveis de passeio, caminhões e ônibus. A Anfavea destaca que, apesar da desaceleração pontual, a indústria tem mantido bom nível de atividade, apoiada na melhora das condições de crédito e na redução das taxas de juros.
As vendas internas somaram 260,7 mil unidades em outubro, uma queda de 1,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já na comparação com setembro, o mercado interno apresentou avanço de 7,2%, impulsionado por promoções e renovação de frotas. No acumulado do ano, as vendas chegam a 2,17 milhões de unidades, alta de 2,2% em relação ao mesmo intervalo de 2024, o que reforça a recuperação gradual da demanda doméstica.
Nas exportações, o mês de outubro foi de queda: 40,6 mil veículos foram embarcados, representando uma redução de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado e de 22,7% frente a setembro. Ainda assim, o resultado acumulado de 2025 é positivo, com 471,4 mil veículos exportados, um salto de 43,8% em comparação com os dez primeiros meses de 2024. A Argentina segue como principal destino das vendas externas, sustentando o bom desempenho do setor no comércio internacional.
O levantamento da Anfavea mostrou ainda redução de 500 vagas de emprego nas montadoras ao longo de outubro, totalizando 110,9 mil trabalhadores no setor. Apesar da leve queda, o número de empregados se mantém estável, refletindo o esforço das empresas em preservar mão de obra qualificada diante de um cenário ainda sujeito a variações na produção e nas exportações.
