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‘Não há lado’, diz Rogério Marinho sobre ex-ministro de Bolsonaro alvo da PF

A operação da Polícia Federal que prendeu nesta quinta-feira, 13, o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, ligado ao governo Lula, também teve como alvo José Carlos Oliveira, ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo Jair Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica por decisão judicial.

Em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, afirmou que o caso, que apura fraudes bilionárias em aposentadorias, “comprova que a corrupção na Previdência atravessa governos e partidos”.

Em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, o senador — que relatou o projeto de lei que extinguiu o desconto automático em folha para sindicatos e associações — disse que “não há lado” nas apurações. “Tem corrupção em todos os governos, e quem errou tem que pagar. Nós não estamos blindando ninguém, seja do PT, do PSD ou do PL”, afirmou.

Marinho destacou que o ex-ministro José Carlos Oliveira é servidor de carreira do INSS e que a apuração deve seguir sem interferências políticas. “Se ele cometeu crime, vai responder. Não há crime mais hediondo do que roubar aposentado, que não tem como se defender”, disse o senador.

O parlamentar lembrou que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no INSS já havia pedido a quebra de sigilos de mais de 400 pessoas físicas e jurídicas. “As investigações mostram como havia um esquema enraizado, com servidores, sindicatos e até federações rurais participando. Agora, com a PF avançando, ninguém mais pode fingir que não sabia.”

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Marinho também criticou o governo Lula, que, segundo ele, tenta “blindar aliados e minimizar a gravidade do caso”. “Os fatos estão se impondo. Essa operação é resultado direto do trabalho da CPMI e mostra que o Senado e o Judiciário estão fazendo seu papel, mesmo com toda a resistência política”, afirmou.

Para o senador, o fim dos descontos associativos automáticos, aprovado nesta quarta-feira, 12, no Senado, representa uma mudança estrutural. “Foram 30 anos de um esquema que drenava dinheiro do aposentado para sustentar sindicatos e interesses políticos. Fechamos um ralo histórico de corrupção”, disse.

Marinho concluiu dizendo que as prisões são “um alerta para todos os governos”. “O Brasil precisa aprender que a corrupção não é monopólio de um partido. É um problema de estrutura, e só se combate com coragem e transparência.”

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