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Crise no futebol turco: mais de mil jogadores são suspensos por envolvimento com apostas

O futebol profissional turco está imerso em uma crise moral sem precedentes, conforme o presidente da Federação Turca de Futebol (TFF), İbrahim Hacıosmanoğlu, classificou a situação. Uma investigação em curso sobre apostas ilegais e violações das regras de integridade resultou na suspensão de mais de mil jogadores e expôs centenas de árbitros, abalando a confiança pública no esporte. Hacıosmanoğlu prometeu “limpar o que está sujo” através de medidas rigorosas.

O foco inicial do escândalo de apostas de 2025 foi a arbitragem, após uma auditoria interna da TFF. A investigação, que cobriu todos os 571 árbitros profissionais do país, revelou que 371 (65% do total) possuíam contas registradas em sites de apostas, o que é uma violação direta das regras de integridade da FIFA e UEFA.

Desses, 152 árbitros foram encontrados apostando ativamente em jogos domésticos, incluindo na Süper Lig, e internacionais. A escala das atividades era chocante: dez árbitros fizeram mais de 10.000 apostas cada, e um único árbitro realizou 18.227 apostas. Entre os envolvidos estavam sete árbitros principais da elite da Süper Lig.

Em resposta, a TFF encaminhou os 152 árbitros para o Conselho Disciplinar de Futebol Profissional (PFDK). As penalidades impostas a 144 árbitros de divisões inferiores e a cinco árbitros de elite da Süper Lig variaram de 8 a 12 meses de suspensão, resultando no cancelamento de seus direitos de arbitragem.

O escândalo se expandiu para os gramados. Em novembro de 2025, a TFF anunciou a suspensão temporária de 1.024 jogadores por envolvimento em apostas. Deste total, 27 eram jogadores da Süper Lig, incluindo atletas de clubes gigantes de Istambul, como Galatasaray e Beşiktaş. O lateral-esquerdo do Galatasaray e da seleção turca, Eren Elmalı, foi suspenso por 45 dias. Elmalı, no entanto, defendeu-se, alegando que sua participação se resumiu a uma única aposta feita anos atrás em um jogo que não envolvia sua equipe.

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A gravidade da situação levou à emissão de mandados de prisão para 21 indivíduos, incluindo 17 árbitros e o presidente do clube Eyüpspor, Murat Özkaya, com oito suspeitos presos posteriormente. Clubes como Fenerbahçe, Galatasaray e Beşiktaş manifestaram apoio à investigação, pedindo um “futebol limpo” e alegando que as descobertas confirmam seus argumentos de longa data sobre um “sistema tóxico”. A crise atual evidencia um problema profundamente enraizado que exige reformas éticas e maior vigilância.

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