Presidente da CPMI do INSS, o senador Carlos Viana disse, nesta quarta, que está acompanhando as tratativas para uma possível delação premiada do empresário Maurício Camisotti, espécie de arquivo vivo do esquema de corrupção que desviou bilhões de reais das contas bancárias de aposentados no país.
Segundo Viana, além da negociação de Camisotti com a Polícia Federal, há outros alvos da apuração dispostos a confessar crimes e delatar comparsas para escapar de punições.
A CPMI do INSS caminha para completar noventa dias sem resultados concretos, diante da blindagem do governo e da oposição a políticos envolvidos no esquema. Desmoralizada, a comissão tenta surfar nas investigações da Polícia Federal, como se o avanço dos trabalhos na esfera policial fosse um feito parlamentar.
Viana teve uma conversa com o ministro André Mendonça, do STF, que revelou informações da apuração sigilosa ao parlamentar. Ele disse que não poderia comentar o que ouviu do ministro do Supremo, mas avisou que outras pessoas serão presas e que parlamentares estão na mira da Corte.