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No Brasil, jogadores de vôlei do Irã não seguram as lágrimas ao saber dos bombardeios de Israel no país

Fisicamente, eles estavam na quadra de vôlei no Brasil. Mas os pensamentos estavam longe – em suas famílias deixadas no Irã, bombardeado por Israel. “Está sendo muito difícil para nós”, disse Amir Houssein Esfandiar, jogador de vôlei da seleção iraniana que está no Rio de Janeiro para partida pela Liga das Nações masculina de vôlei. “Nossas mentes estão com eles”, completou.

Esfundiar não era o único a não conseguir conter as lágrimas. O craque Javad Karimi até tentou, mas não conseguiu sequer falar com a imprensa após a partida, que venciam de 2 sets a 0 contra os Estados Unidos, mas acabaram perdendo por 3 sets a 2. “Não dá”, resumiu, pedindo desculpas.

Era noite de quinta-feira, 12, quando Israel atacou o Irã. E o time estava na quadra. “No segundo set, um amigo da Federação ligou e disse que estávamos sendo bombardeados”, revelou Amir Khoshkhabar, gerente da delegação. “Mas pediu que não contasse aos jogadores, que os deixassem terminar a partida.”

A expressão triste e assustada de Khoshkhabar, porém, entregou que algo estava errado. Ao saberem da notícia, muitos jogadores choraram. “Conversamos muito com eles, mas estão tristes. É cada dia pior”, completou o gerente da delegação. Mesmo com os ataques que já deixaram mais de 80 mortos no Irã e 14 em Israel, o time retornou à quadras na sexta-feira 13, mas amargou mais uma derrota contra a Eslovênia, por 3 sets a 2.

Apoio e carinho no Brasil

Na torcida, brasileiros demonstraram solidariedade com camisas, bandeiras e rostos pintados com as cores do Irã. Entre os torcedores, iranianos também foram ao Maracanãzinho para apoiar os jogadores.

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Durante a partida entre Brasil e Ucrânia, outro país em guerra contra a Rússia, um torcedor brasileiro entregou um guardanapo ao técnico do Irã, o italiano Roberto Piazza, para integrantes da comissão técnica do Irã, que acompanhavam a partida. “Estamos rezando pela paz para vocês! Deus abençoe vocês. O Brasil está com o Irã”, dizia, em inglês.

Piazza chorou. “Não podemos fazer nada daqui. São dias muito difíceis porque alguns tem familiares e amigos próximos aos locais dos bombardeios”, disse, agradecendo o apoio e o carinho do público brasileiro. “Sabemos que estão ao nosso lado.”

Neste domingo, 15, a equipe do Irã joga contra a Ucrânia. Depois, segue para a Sérvia, onde enfrenta a seleção do país no dia 25 e a Holanda no dia 29. A previsão é que retornem ao país natal no final do mês, mas ainda é incerto dado o espaço aéreo fechado e o escalonamento dos bombardeios.

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