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O desabafo de Paula Braun após separação de Mateus Solano

Cerca de dois meses depois do anúncio da separação de Mateus Solano, 44 anos, Paula Braun, 46, fez uma longa reflexão sobre o julgamento de mulheres quando uma relação chega ao fim. “O que esperam de uma mulher depois que ela termina um relacionamento? Dentro de uma sociedade misógina e sem muito interesse em mudar isso, ter de dar satisfação sobre o término de uma relação que foi pública é desafiador. O julgamento recairá, em sua grande maioria das vezes, sobre nós, mulheres. E vão criar um culpado, um motivo, um absurdo qualquer e seguirão alimentando essa misoginia junto de uma indústria de cliques que não se preocupa e nem se responsabiliza pela devastação que causa na vida dos envolvidos, nem com o hoje, nem com o amanhã”, escreveu em uma publicação no Instagram, nesta terça-feira, 11.

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Ainda no post, a atriz lembra sobre a convivência entre família após o término. “Temos uma relação de afeto, construída ao longo de 17 anos, que nos permite viajar com nossos filhos mesmo estando separados. Já o fizemos e faremos muitas vezes ainda. Eles sempre terão a nós dois, deixamos isso claro a eles todos os dias”, continuou Paula, criticando o conservadorismo: “Nossa cultura construída sobre um pilar religioso e conservador não aceita que uma mulher criada para casar (alô geração das quarentonas) entenda que pode, sim, viver bem fora de uma relação convencional. Não aceita que busquemo-nos livres e em paz pós-relacionamento. Não aceita que entendemos nosso poder e direito de escolher trabalhar fora ou não, casar ou não, aceitar ou não convenções e antigos costumes que não nos fizeram felizes ao longo da história”.

Em seguida, Braun criticou a ideia de que uma mulher realizada é a que casou e teve filhos. “Se questionamos isso é porque somos rebeldes, loucas, putas, e tudo o mais que se possa criar de culpa. ‘Estavam casados’. ‘Ele estava trabalhando’. ‘Ela estava sozinha por aí’. ‘Casamento aberto/fechado’. O que mais vai render clique? Querem nos ver dentro do eterno clichê de sofrimento e dor, da mulher que ‘não deu certo’ porque não casou, porque separou ou porque não teve filhos. Bobagem. A nossa maior arma é nossa alegria. Nossa capacidade de se refazer, reinventar. De nos colocarmos no centro das nossas vidas com aquilo o que nos faz felizes”, disse.

Por fim, a atriz fez questão de frisar que a separação não é fácil. “Mas a vida só é completa se feita de beleza e dor, não existe felicidade sem que se conheça a tristeza. E tudo bem. Ciclos de alegria e sofrimento sempre virão e sempre passarão. A leveza com a qual a gente os enfrenta é que fará a diferença. Coragem. Avante. Vamos viver”, completou. Solano, por sua vez, deixou registrado seu sentimento: “Viva você sempre. Em todas as fases da sua vida. Te amo”.

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