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FAB prepara lançamento de foguete sul-coreano, operação inédita no Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou nesta quarta-feira, 12, que está em fase final de execução da Operação Spaceward 2025, que prevê o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano no próximo dia 22 de novembro, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. A missão, conduzida em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Innospace, empresa da Coreia do Sul, marca o primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional.

Segundo a FAB, a operação representa a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novas oportunidades de investimento, geração de renda e desenvolvimento tecnológico. O foguete levará ao espaço cinco satélites e três experimentos desenvolvidos por universidades, startups e empresas do Brasil, da Índia e da Coreia do Sul.

“O lançamento do HANBIT-Nano mostra ao mundo que o Brasil tem infraestrutura, conhecimento e autonomia para operar em um dos setores mais estratégicos da atualidade”, afirmou o tenente-brigadeiro Ricardo Augusto Fonseca Neubert, diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). “Essa operação inaugura um ciclo virtuoso para o programa espacial brasileiro, com potencial de impulsionar a inovação e fortalecer a soberania nacional no setor.”

Atração

A missão Spaceward é fruto de um edital lançado pela AEB em 2020 para atrair empresas interessadas em realizar lançamentos a partir de Alcântara. O centro no Maranhão é considerado um dos locais mais estratégicos do mundo para missões espaciais, devido à sua proximidade com a linha do Equador, o que reduz custos e aumenta a eficiência dos lançamentos.

A Innospace foi uma das selecionadas e firmou contrato com o Comando da Aeronáutica (COMAER) em 2022. Após uma série de testes e revisões de segurança, o voo foi confirmado para o dia 22, podendo sofrer ajustes caso as condições climáticas não sejam favoráveis.

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Em órbita

Entre as cargas embarcadas estão o satélite educacional PION-BR2, desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que levará mensagens de alunos da rede pública ao espaço — uma espécie de “garrafa ao mar” simbólica —, e o Jussara-K, também da UFMA, projetado para coleta de dados ambientais na região amazônica. A bordo estarão ainda os satélites FloripaSat-2A e FloripaSat-2B, desenvolvidos pelo SpaceLab da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que testarão sistemas de comunicação e painéis solares nacionais.

O voo também transportará o Sistema de Navegação Inercial (SNI), uma espécie de GPS que independe de sinais externos, tecnologia 100% brasileira criada por startups do setor aeroespacial, bem como o Solaras-S2, módulo de comunicação da empresa indiana Grahaa Space, voltado ao monitoramento da atividade solar.

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