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Alteração cardíaca pode levar jogador Oscar à aposentadoria; entenda

Alterações cardíacas em atletas têm sido vistas com atenção por equipes médicas e clubes de futebol pelo risco de morte súbita, a interrupção repentina dos batimentos cardíacos que afeta cerca de 2 milhões de pessoas no mundo todos os anos. Nesta terça-feira, 11, o meio-campista do São Paulo Oscar, de 34 anos, esteve no centro das preocupações após apresentar uma “intercorrência com alterações cardiológicas” durante exames. Hospitalizado, ele pode até se aposentar a depender dos resultados de avaliações, segundo especulam veículos especializados em esportes.

Oscar chegou como reforço ao tricolor paulista em dezembro do ano passado, mas estava fora das partidas desde julho, quando sofreu uma lesão na coluna em campo. Os exames realizados nesta terça-feira, de acordo com o clube, eram realizados no centro de treinamento do time, localizado na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, e tinham como foco os preparativos para a pré-temporada de 2026.

“O atleta Oscar apresentou uma intercorrência com alterações cardiológicas, sendo prontamente atendido pelos profissionais do clube e pela equipe médica do Einstein Hospital Israelita, que estava presente no local”, publicou, em suas redes sociais, o time de futebol. “Em seguida, o jogador foi encaminhado ao hospital, onde se encontra clinicamente estável e permanece em observação para a realização de exames complementares para elucidação diagnóstica.” O São Paulo informou que vai divulgar informações assim que a equipe médica atualizar o quadro e com autorização do atleta.

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Eventos com alterações cardíacas, como arritmias, costumam ser monitorados de perto em atletas para evitar consequências mais graves. “Um jogador de futebol que tem desmaios ao praticar o esforço é preocupante. Casos como esses precisam ser investigados, porque um desmaio dessa natureza sugere a presença de uma arritmia ou alguma doença cardíaca estrutural, enquanto o desmaio no repouso ou após o esforço pode ser alguma coisa mais benigna, como uma queda de pressão”, explica Alexsandro Fagundes, cardiologista especialista em estimulação cardíaca e presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.

De acordo com Fagundes, manter-se afastado dos campos até a conclusão de uma bateria de exames é uma medida prudente. “Nesse caso, há que se seguir adiante na investigação, procurar uma eventual arritmia como causa desse desmaio, porque 30% dos desmaios em geral seriam por arritmias potencialmente graves, e, nessa situação, ele tem de ficar afastado da atividade física, do esporte, até que a natureza do problema seja identificada e um tratamento específico seja instituído.”

Em casos graves, é possível que haja a necessidade de interromper a carreira esportiva em função das atividades mais explosivas e do risco de complicações.

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Nova diretriz da Fifa foca em triagem cardíaca

Momentos de competição podem desencadear os graves episódios de morte súbita, que estão contemplados por uma nova diretriz da Fifa para jovens atletas. Segundo o documento, triagens cardíacas devem ser realizadas a partir dos 12 anos por meio do exame de eletrocardiograma a ser repetido a cada dois a quatro anos até o atleta completar 18 anos.

“Sabemos que o esporte pode ser um gatilho para doenças genéticas que ainda não se manifestaram e são desencadeadas por estresse físico e emocional, principalmente em competições”, disse, para reportagem publicada em VEJA sobre o tema, a cardiologista Clea Colombo, uma das autoras do documento e professora da Faculdade Leopoldo Mandic.

O consenso prevê ainda a presença de desfibrilador externo automático a três minutos do campo e recomenda a realização de ressuscitação cardiopulmonar caso os jogadores caiam em campo com sintomas cardíacos.

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