O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo, 15, que o Irã “vai pagar um preço muito alto” pelas mortes de civis israelenses durante os bombardeios a Tel Aviv. Pelo terceiro dia consecutivo, as forças iranianas disparam mísseis contra a região da capital, elevando para 13 o número de vítimas fatais desde sexta-feira, 13.
O Irã não divulgou o número total de mortos até agora, mas afirmou que 78 pessoas morreram na última sexta-feira (13) e que muitas outras morreram desde então.
O Irã lançava mais mísseis em direção a Israel neste domingo (15), informou um militar israelense. A informação foi confirmada pela mídia estatal iraniana. Testemunhas disseram à Reuters que sirenes soavam em Tel Aviv e que explosões puderam ser ouvidas. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), sirenes também soaram em Jerusalém e outras regiões.
Segundo o governo israelense, seis pessoas morreram durante a madrugada de domingo na cidade de Bat Yam e outras quatro no município de Tamra. Entre sexta e sábado, foram três vítimas fatais nas cidades de Ramat Gan e Rishon Lezion.
“Nós alcançaremos nosso objetivo e desferiremos um único golpe neles”, publicou Netanyahu em seu perfil oficial no X (ex-Twitter) neste domingo, acrescentando que o Irã praticou “intencionalmente o assassinato de civis, mulheres e crianças”. O chefe do governo israelense visitou os escombros de uma área residencial atingida em Bat Yam, acompanhado de outras autoridades, e pediu que a população siga as orientações das forças de segurança e resgate para se abrigar.
איראן תשלם מחיר יקר מאוד על רצח אזרחים, נשים וילדים שהם עשו בכוונת תחילה.
אני נמצא פה בבת ים עם כוחות פיקוד העורף, כוחות ההצלה. בשם עם ישראל כולו אני מביע צער על אובדן הנפש שקרה כאן. ליבנו עם המשפחות.
צריך וחשוב להישמע להנחיות פיקוד העורף, כי מי ששמע וביצע את הנחיות פיקוד… pic.twitter.com/QkGsUBZvY5
— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) June 15, 2025
A nova escalada do conflito começou na sexta-feira, 13, quando Israel deu início a uma ofensiva de mísseis contra o Irã. Nos últimos três dias, ao menos 78 iranianos morreram e mais de 300 ficaram feridos, segundo as últimas estimativas divulgadas pelo embaixador iraniano na Organização das Nações Unidas, Amir Saeid Iravani — diversos líderes militares do país persa foram assassinados durante os ataques, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Hossein Salami.
Principal aliado do grupo palestino Hamas, com quem Israel trava um conflito ininterrupto desde outubro de 2023 na Faixa de Gaza, o Irã teve alguns de seus principais chefes militares mortos em operações israelenses nos últimos meses. Segundo Netanyahu, o ataque desferido contra Teerã na sexta-feira seria “preventivo”, com o objetivo alegado de impedir que o país persa desenvolva armas nucleares — a república islâmica é alvo de sanções internacionais e tenta negociar um acordo nuclear com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia abandonado o pacto durante seu primeiro mandato à frente da Casa Branca, em 2018.